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Desde que descobri a importância dos primeiros anos de vida para qualquer ser humano, tenho vindo a estudar muito sobre a educação dos filhos. É das coisas mais difíceis e mais importantes, e não existem fórmulas mágicas, pois cada criança é única.
A melhor coisa que os pais podem fazer pelos seus filhos é, eles próprios, fazerem o seu caminho de autoconhecimento e reconhecimento e cura das suas próprias dores e possíveis traumas em criança, muitos deles “herdados” de gerações e gerações de pais que, com a consciência que tinham na altura, nunca tiveram a oportunidade de fazer o seu próprio caminho de cura e, portanto, nunca conseguiram sair desse ciclo de perpetuação de padrões como a extrema rigidez, abusos físicos e emocionais, abandono, negligência, etc., etc.
Criar filhos emocionalmente saudáveis requer, no meu humilde sentir, um compromisso dos pais com eles próprios, para que eles próprios saiam desse ciclo. Requer também tempo, respeito, dedicação, paciência, compreensão, carinho, brincadeira, saber dizer não, ajudá-los a lidar com os seus conflitos, frustrações e desafios, a dar nome às suas emoções e sentimentos e saber expressá-las.
Deixe-se guiar pela sua intuição, não tenha medo deles (há muitos pais que têm) e quando tiver dúvida de como reagir com os seus filhos pense: Se eu fosse ele/ela, como é que eu gostaria que os meus pais tivessem feito? O que seria melhor para mim?
Vale a pena ou não, o compromisso e empenho dos pais na sua própria mudança de consciência?